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Agronegócio brasileiro 2020

Agronegócio brasileiro 2020

Farmer working on coffee field at sunset outdoor

Agronegócio deverá ter destaque ainda mais intenso em 2020. Setor cresceu 14,6% desde o primeiro trimestre de 2014, enquanto outros setores tiveram queda.

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio deve crescer 3% em 2020 em relação a 2019, segundo estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Para este ano, o PIB setorial deve crescer 1% sobre 2018. Apesar do aumento de quase 10% previsto na receita e do crescimento na produção agropecuária, a tendência é de alta dos custos de produção, o que poderá impactar a renda do produtor rural em 2020, segundo a CNA.

Os custos de produção da soja, por exemplo, devem ter elevação recorde na safra 2019/2020, entre outros motivos porque grande parte dos fertilizantes foi negociada a preços acima do que em safras anteriores.

Um dos motivos na crescente evolução do agronegócio é o também crescente uso de tecnologias nas fazendas, seja na fase de produção, plantação ou mesmo nas vendas, a tecnologia está presente e fazendo toda diferença nos resultados alcançados.

Vamos falar um pouco sobre Tecnologia no Campo?

Ninguém duvida da importância do agronegócio para a economia brasileira. Esses ganhos de produção e produtividade podem ser ainda melhores com o uso de tecnologias emergentes que podem ser incorporadas desde pequenas até grandes propriedades.

Um relatório publicado pelo Policy Horizons Canada em 2014, “Foresight Study Exploring How Emerging Technologies Will Shape the Economy and Society and the Challenges and Opportunities They Will Create” já previa 5 áreas tecnológicas vitais para o sucesso do agronegócio e um salto exponencial no tamanho do mercado. Conhecido como METASCAN, o relatório previa que as tecnologias emergentes seriam “mainstream” em 2018 e financeiramente viáveis em 2019.

Emet Cole, editor da Robotic Business Review, menciona o WinterGreen Research para dizer que “os robôs agrícolas e a robótica estarão se tornando tão onipresentes quanto a tecnologia da informática nos próximos 15 anos” e que essas 5 principais tecnologias farão a grande revolução no setor.

AGRIBOTS
Os motores principais na revolução agrícola são robôs. Por causa das demandas de aumento da produtividade ou da falta de mão-de-obra suficiente ou por garantir uma condição mais fácil de tocar o negócio.

Os robôs serão conectados digitalmente, comunicando-se com drones, além de receber comandos de satélites, sensores terrestres ou de centros de dados de farmhouses, tabletes ou smartphones. Os tratores e pulverizadores automatizados podem aplicar água, sementes, pesticidas e nutrientes de forma mais específica e oportuna. Esta precisão poderia ser melhorada através de pesticidas e inseticidas com base em nano-materiais e em liberação lenta.

AGRICULTURA DE PRECISÃO COM GEOLOCALIZAÇÃO
Gerenciamento da agricultura com base na observação (e na resposta a) variações no campo. Com imagens de satélite e sensores avançados, os agricultores podem otimizar os retornos dos insumos, preservando os recursos em escalas cada vez maiores. Uma maior compreensão da variabilidade das culturas, dados meteorológicos geolocalizados e sensores precisos devem permitir técnicas automatizadas de tomada de decisão e técnicas de plantio complementares aprimoradas.

SENSORES DE PRODUÇÃO TERRESTRES E AÉREOS
As informações usadas para monitorar e regular mercados poderão ser aprimoradas através de chips implantados, sensores e bioinformática.

A produção de alimentos fica mais organizada e os mercados, consumidores e governos terão dados muito mais detalhados da origem, produção e da geração dos subprodutos destes alimentos. A fertilização em campo será otimizada com sensores de colheita de alta resolução informando o equipamento de aplicação das quantidades corretas necessárias. Sensores ópticos ou drones identificarão a saúde da cultura em todo o campo (por exemplo, usando luz infravermelha).

SENSORES DE PRODUÇÃO TERRESTRES E AÉREOS
As informações usadas para monitorar e regular mercados poderão ser aprimoradas através de chips implantados, sensores e bioinformática. A produção de alimentos fica mais organizada e os mercados, consumidores e governos terão dados muito mais detalhados da origem, produção e da geração dos subprodutos destes alimentos. A fertilização em campo será otimizada com sensores de colheita de alta resolução informando o equipamento de aplicação das quantidades corretas necessárias. Sensores ópticos ou drones identificarão a saúde da cultura em todo o campo (por exemplo, usando luz infravermelha).

BIOCOMBUSTÍVEIS AGRÍCOLAS
Em 2028, a biologia sintética terá o potencial de produzir diferentes tipos de alimentos, incluindo carne e bebidas a custos mais baixos do que hoje. Ao manipular genes, novos alimentos podem ser criados com novas propriedades ou sabores. Espera-se que a indústria de biocombustíveis se beneficie desta tecnologia, com a criação de biorreatores que podem ser implantados em qualquer lugar.

TECNOLOGIA LED DE CULTIVOS EM ESTUFAS
Agricultores especializados na produção em estufas poderão se beneficiar de tecnologias à base de luzes de crescimento LED, adaptadas às suas culturas específicas. Este modelo de cultivo inovador permite colher 20-25 vezes por ano, combinando nutrição balanceada das plantas usando 85% menos energia. As respostas das plantas a determinados comprimentos de onda de luz tornam a produção mais eficiente.

Outra situação que vem crescendo e ajudando a tornar o agronegócio ainda mais rentável (e ambientalmente responsável) é a escolha de soluções sustentáveis na área agrícola. Vamos conhecer um pouco sobre este assunto à seguir.

Sustentabilidade torna agronegócio mais rentável, apontam estudos

Produzir com sustentabilidade é um negócio economicamente viável para o produtor? Em geral, a máxima é que a sustentabilidade pode ser alcançada, desde que alguém pague a conta.

Três estudos relacionados ao tema buscam colocar luz nessa discussão. O resultado surpreende: a adoção de práticas de sustentabilidade pode ser um bom negócio. Os investimentos direcionados à adoção de práticas voltadas às questões ambientais e sociais tornam os negócios mais rentáveis, competitivos e resilientes.

Imaflora, Sebrae/MG, Rabobank e pesquisadores do Cepea, da Esalq/USP e da Universidade de Oxford avaliaram a questão. As principais conclusões são que, quanto melhor o desempenho socioambiental na propriedade, melhor será o resultado econômico. Um produtor com alto desempenho socioambiental tende a ser um cliente com maior saúde financeira e, consequentemente, com menor risco para bancos. Com isso, produz com custos menores, obtém produtividade maior e é mais eficiente, devido à adoção de uma boa gestão dos negócios.

Os estudos apontam que sustentabilidade com rendimento é coisa não só de grandes produtores mas de pequenos e médios.

CRÉDITO

Um dos estudos avalia o crédito e indica que ele faz a diferença para a sustentabilidade. O trabalho utilizou a política de sustentabilidade do Rabobank e buscou correlações entre saúde financeira e desempenho socioambiental.

Foram utilizadas 1.056 avaliações de 596 produtores clientes do banco em sete Estados de 2009 a 2013. Mas o aspecto socioambiental, mesmo com benefícios, é considerado marginalmente na maior parte do crédito dado à agropecuária.

Um segundo estudo sobre a evolução socioambiental no país aborda as certificações e o papel delas no desempenho econômico. As fazendas com certificação levam a uma melhor gestão, com maior produtividade, mais receitas e eficiência produtiva. A produção brasileira em sistemas de sustentabilidade aumentou nos últimos cinco anos, mas dados recentes indicam estabilização. Essa perda de ritmo da adoção se deve aos argumentos de que os consumidores não valorizam o produto certificado, de que a implementação da certificação é cara e de que e empresas compradoras de commodities criam certificações próprias, às vezes com padrão menos rigoroso.

CERTIFICAÇÕES

Para avaliar essas ponderações, pesquisadores fizeram um outro estudo, com base em dados de 78 fazendas produtoras de café do cerrado mineiro participantes do Programa Educampo do Sebra-MG. Foram utilizados dados de 2008 a 2013 de 24 fazendas certificadas e de 54 similares, mas não certificadas.

O resultado da pesquisa indicou que não houve diferença nos custos de produção entre as fazendas. As receitas, no entanto, foram R$ 2.412 maiores por hectare para as propriedades certificadas. O aumento se deve à elevação de 9,4 sacas por hectare na fazenda certificada.

Um terceiro estudo foca a gestão e o desempenho ambiental e social. A pesquisa se baseia em dados de 435 auditorias de 2006 a 2014, realizadas em 80 fazendas individuais e 23 grupos de fazenda de café, todas certificadas. O objetivo foi avaliar a contribuição da gestão para o desempenho ambiental e social de propriedades agrícolas. E o resultado indicou que, quanto maior o cumprimento dos critérios de gestão, maior o cumprimento socioambiental na propriedade.

Estes e outros fatores vêm tornando o agronegócio brasileiro um dos mais fortes do mundo e mais do que nunca, o carro chefe da economia no país.

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