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Novembro Social

Como já é tradicional, todo mês de novembro a Wert Ambiental traz um conteúdo focado em apresentar ações sociais da indústria nacional. Ações e iniciativas que estão alinhadas com os 17 ODS – Objetivos Globais para o Desenvolvimento Sustentável – da ONU. Veja agora um resumo do que apresentamos este mês em nossas redes sociais.

Papel que vira

manjericão?

É isso mesmo! Criada em maio de 2009, a empresa Papel Semente produz papel artesanal, ecológico e reciclado que recebe sementes de flores, hortaliças e temperos durante seu processo de fabricação. A proposta é que, depois de usado, o papel seja picado em pedacinhos e plantado na terra — em 20 dias, as primeiras mudas começam a aparecer. As folhas germináveis podem ser utilizadas para vários tipos de comunicação – convites, crachás, cartões de visita, envelopes, embalagens, flyers e folders; e após sua utilização podem ser plantadas, no lugar de enviá-las ao lixo. Do papel que se planta nascem flores, verduras e até mesmo ervas medicinais. Genial, não?

Aceita um café

sustentável?

Produtora de cápsulas individuais de café, a Nespresso desenvolveu iniciativas que pretendem demonstrar sua transparência em todas as ações do processo de reciclagem com o objetivo de engajar o público e estimular a cultura de reuso em toda sua cadeia – dos fornecedores ao consumidor final. A gerente de cafés e sustentabilidade da empresa, Claudia Leite, diz que atualmente há 54 pontos de coleta para o consumidor da linha doméstica no Brasil. “As cápsulas usadas são coletadas nestes pontos e enviadas ao Centro de Reciclagem por meio de logística reversa. Em 2017, reciclamos 13,3% do total de cápsulas vendidas, um crescimento significativo em relação ao ano anterior, mas temos o compromisso de fazer muito mais”, completa. Atualmente, a Nespresso investe globalmente 25 milhões de francos suíços em reciclagem por ano. Por meio do programa denominado The Positive Cup, a Nespresso trabalha os pilares como aquisição de café sustentável, gestão do alumínio e gestão eficiente do clima. No pilar alumínio, a meta é chegar a 100% dos clientes uma solução fácil de reciclagem até 2020. Interessante, não?

Empreendimento

de Impacto

O conceito de negócios de impacto desperta cada vez mais interesse do investimento social privado no Brasil, negócios esses que podem ser definidos como “empreendimentos que têm a missão explícita de gerar impacto socioambiental ao mesmo tempo em que geram resultado financeiro positivo e de forma sustentável”. Este tema tem atraído diversas empresas e muitas delas desenvolveram ações com este foco, como á o caso da indústria de alimentos Danone Brasil, que em 2011 decidiu tornar comercialmente viável um modelo de negócio em que centenas de mulheres de baixa renda vendessem seus produtos de porta em porta nas favelas da capital baiana. Essas mulheres são chamadas de kiteiras. Com a venda dos kits de iogurtes — e os ganhos de 30% do valor do produto repassados pela empresa — muitas kiteiras deixaram de depender de benefícios do governo e atualmente chegam a garantir uma renda em torno de 1200 reais por mês. Há também as “madrinhas”, responsáveis por gerenciar dezenas de vendedoras em troca de uma comissão extra de 3,5% sobre o total das vendas do grupo que ela gerencia. A renda delas pode chegar a cerca de 3000 reais mensais. Sentiu o impacto?

Qualidade

sustentável

Redução de perdas e controle de qualidade durante a produção ajudam esta indústria de alimentos a ser mais sustentável. No Frigorífico Cardeal, a empresa trabalha com a conscientização dos colaboradores, através de treinamentos, para reduzir desperdícios ao longo do processo de produção. Como política de meio ambiente, a Cardeal declara que está comprometida em promover o desenvolvimento sustentável, protegendo o meio ambiente através da prevenção da poluição, administrando os impactos ambientais de forma a torná-los compatíveis com a preservação das condições necessárias à vida; atender à legislação ambiental vigente aplicável e demais requisitos subscritos por clientes e pela organização; garantir transparência nas atividades e ações da empresa, disponibilizando às partes interessadas informações sobre seu desempenho em meio ambiente; promover a conscientização e o envolvimento de seus colaboradores, para que atuem de forma responsável e ambientalmente correta; promover a melhoria contínua em meio ambiente. Ter qualidade também é sustentável (e lucrativo)!

Uma nova forma

de aprender

Projeto da indústria já impactou mais de 152 mil crianças utilizando o ciclo do pensamento científico como ponto de partida. A partir do grande desafio no cenário educacional brasileiro, a indústria Siemens, por meio de sua Fundação, se propôs a contribuir com a melhoria da educação no país, seguindo o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 4, da ONU. Por meio do programa educacional inovador chamado Experimento – para professores e alunos, a Fundação Siemens buscou se envolver em uma educação científico-tecnológica, ancorada em valores desde a primeira infância até o final do ensino secundário. O programa, com metodologia baseada no aprendizado pela descoberta, prioriza a experimentação, exploração e compreensão autônoma de fenômenos naturais relacionados à energia, meio ambiente e saúde. A abordagem educacional busca ensinar através da colaboração – o “processo de aprendizagem” começa com uma pergunta para o mundo – e busca ensinar em contextos que estão ligados à vida cotidiana. As experiências científicas naturais desempenham um papel central no projeto, que utiliza Guias para professores, Fichas para estudantes, Kits de material para experiências de sala de aula e Cursos de formação para professores e educadores.

Empoderamento

da mulher negra

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres negras somam 27% da população brasileira, o maior grupo do país, se comparado com homens e mulheres negros e brancos. Mesmo sendo maioria, o preconceito, a discriminação, o racismo e o machismo são entraves no acesso dessas mulheres a melhores oportunidades. Para mudar esta estatística e fortalecer econômica, política e socialmente as mulheres negras, surgiu a parceria entre o Movimento Coletivo, da Coca-Cola Brasil, o Instituto Coca-Cola Brasil, o Baobá — Fundo para Equidade Racial e a plataforma de mobilização Benfeitoria. O projeto, nomeado de Negras Potências é um matchfunding – uma espécie de financiamento misto – e busca investir em projetos sociais liderados por mulheres negras. Através de um edital, aberto no primeiro semestre deste ano, foram selecionadas 16 propostas para campanhas de financiamento e as doações feitas a cada projeto serão duplicadas graças a um fundo de R$ 500 mil disponibilizado pelo Movimento Coletivo, a plataforma de investimento social da Coca-Cola Brasil.

Todas as cores da

beleza

O Brasil é o país que tem mais pessoas negras fora da África no mundo. Dos mais de 207 milhões de brasileiros, atualmente, 56% são negros, segundo o IBGE. Em 2017, em meio à crise econômica que atingiu o país, a população negra movimentou R$ 1,6 trilhões, o que equivale a 24% do PIB e, de acordo com pesquisa realizada por uma consultoria especializada no estudo do comportamento e dos hábitos de consumo da população negra, famílias chefiadas por negros movimentam 3,2 bilhões de reais por ano na capital paulista. Este potencial consumidor levou muitas empresas a se reinventarem e também deu oportunidade para tantas outras empresas nascerem, como foi o caso da Lola Cosmetics SP, que ganhou o público ao oferecer produtos diferenciados e de qualidade para os cuidados dos cabelos crespos e cacheados. Com foco no empoderamento feminino e na valorização da beleza real, a marca reforça a autoestima das consumidoras com produtos que cuidam, modelam, hidratam e renovam os cachos naturais, além de se preocupar com as questões ambientais – não realizando testes em animais e utilizando somente produtos orgânicos, e com a identidade visual das suas embalagens, a Lola se tornou queridinha das mulheres negras, que se sentiram representadas ao encontrar produtos para o seu tipo de cabelo.

Gerando oportunidades

de emprego

Após trabalhar no Japão como imigrantes, os sócios desta indústria de alimentos voltaram ao Brasil para abrir uma empresa e decidiram oferecer oportunidades de emprego para refugiados, que assim como eles, buscam uma vida melhor em outro país. Para os empresários a inclusão social é vista como uma oportunidade de agregar valor à cultura da empresa, a diversidade social. “Contratamos estrangeiros com essa finalidade e há também a reintegração dos colaboradores do sistema penitenciário do regime semiaberto”, conta Karen. A KS Foods Indústria de Alimentos. iniciou suas atividades em 1995 quando os sócios retornaram ao Brasil e compraram matrículas de feira livre. Com o sucesso nas feiras, expandiram participando de eventos e então ingressaram em uma rede varejista multinacional sendo pioneiro em pastel de feira dentro de hipermercado com 47 quiosques. Dar oportunidade à quem precisa é muito legal. Não acha?

Responsabilidade social

forte como aço!

Essa siderúrgica implantou programas de responsabilidade social junto às comunidades e sociedade, além de aplicar práticas em toda a sua cadeia de valor com o intuito de reforçar a produtividade e a competitividade dos clientes, fornecedores e profissionais. A Gerdau busca as melhores práticas do mercado e sua aplicação em todo o negócio da empresa. Desde 2010, a empresa também realiza projetos de reciclagem inclusiva, contribuindo para a formalização e o aumento da renda de catadores e cooperativas de catadores de resíduos recicláveis nas regiões onde possui unidades industriais. Reciclando mais de 12 milhões de toneladas de sucata ferrosa por ano, o recebimento desse insumo é fator crítico em seu processo produtivo, e esta forma de atuação tem forte impacto social e ambiental nas comunidades, a medida em que promove a inclusão econômica e incentiva a atividade da reciclagem. Todo este trabalho, que envolveu mais de 200 comunidades beneficiadas, mais de 6 mil voluntários, R$ 19 milhões em investimentos sociais e 400 projetos sociais. O projeto também foi reconhecido pelo programa Benchmarking Brasil como uma das melhores práticas socioambientais no país.

Trazendo luz a lugares

escuros

Proporcionar acesso à energia para que comunidades possam ser tornar mais conectadas, seguras, ambientalmente responsáveis e eficientes faz parte do propósito da empresa. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis é uma das metas globais das Nações Unidas para promover o desenvolvimento sustentável até 2030. Neste movimento, está o grupo multinacional francês Schneider Eletric, especializado em produtos e serviços para distribuição elétrica, controle e automação industrial. A empresa se posiciona como uma especialista global em gestão de energia e automação e, segundo a Sustaintability and Innovation Manager da Schneider Electric para a América do Sul, Regina Magalhães, é intrínseco ao negócio tornar as cidades e comunidades mais sustentáveis. “Na Schneider Electric, temos como core business a sustentabilidade, sempre pensando no mundo que queremos construir para as próximas gerações. Ela fala que uma das prerrogativas é atuar além do discurso e de forma estruturada. “Nós buscamos trabalhar em ações e projetos com impactos reais e mensuráveis, isso inclui colaborar no desenvolvimento de cidades e comunidades para que elas possam ser mais conectadas, digitalizadas, seguras, ambientalmente responsáveis e eficiente”, relata.

Construindo as cidades do

futuro

Investir nas Cidades do Futuro foi a escolha desta fabricante de produtos químicos para construção. O Instituto Vedacit surgiu para fazer a conexão entre os negócios da empresa e os investimentos sociais. “Mesmo em um momento de crise decidimos criar o Instituto para trazer à tona os desafios do desenvolvimento das cidades e como elaborar soluções que permitam às pessoas se conectar com suas comunidades e transformá-las num lugar melhor para se viver”, afirma Luis Fernando Guggenberger, gerente do Instituto Vedacit. A causa definida pelo Instituto são as Cidades do Futuro, sob a crença de que elas serão mais sustentáveis se houver uma melhor harmonia e convivência entre os espaços urbanos, as moradias e as pessoas. Por isso, dividiu suas linhas de atuação em: Cidades Criativas – com projetos culturais proporcionando maior ocupação e interação com os espaços públicos, estimulando a reflexão e o protagonismo da população na solução dos problemas locais; Cidades Inteligentes – contribuindo na formação de jovens com alternativas de trabalho e empreendedorismo; e Cidades Sustentáveis – com investimentos em negócios sociais e projetos esportivos que promovam a melhoria da qualidade de vida e do bem-estar.

Bairros planejados para o

futuro

Um bairro planejado que atende diversos critérios sociais e ambientais, além de garantir o conforto e o bem-estar de pessoas na terceira idade. A Tecnisa, uma das maiores construtoras e incorporadoras do país, considera em suas estratégias de negócios conceitos relacionados à sustentabilidade, acessibilidade e bem-estar há mais de dez anos. Um exemplo é o programa desenvolvido pela empresa chamado “Consciência Gerontológica”, responsável pela infraestrutura integrativa que fornece pisos podo táteis, piscina adaptada para usuários de cadeiras de roda e com escadas fixas de alvenaria (mais seguras que os degraus de alumínio que ficam na borda), além de uma série de outros cuidados técnicos a fim de oferecer segurança e bem-estar aos idosos. As primeiras unidades residenciais foram entregues no início de 2016. As obras do projeto, que prevê a construção de 25 torres residenciais, duas comerciais, um hotel e um mix de lojas. Todos os edifícios do Jardim das Perdizes incorporam conceitos gerontológicos e, além disso, os clientes podem fazer a personalização dos acabamentos de acordo com as necessidades dos moradores. O presidente conta que a inspiração veio do conceito “senior living”, que tem foco na arquitetura inclusiva voltada para a terceira idade.

Para saber mais sobre estas ou outras iniciativas socioambientais da indústria brasileira, fique liga nas redes sociais da Wert Ambiental.

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