logo

Blog Wert

Petróleo contamina litoral do nordeste.

Um vazamento de petróleo cru se espalha pelos nove Estados do Nordeste. O poluente foi identificado em uma faixa de mais de 2 mil quilômetros da costa brasileira. O governo federal afirma que análises já apontaram ser petróleo cru, de origem desconhecida e de tipo não produzido no Brasil.

O petróleo já se espalhou por quais Estados do Nordeste?

As manchas já foram encontradas em todos os Estados nordestinos: MaranhãoPiauíCearáRio Grande do NorteParaíbaPernambucoAlagoasSergipe Bahia. O poluente foi identificado em uma faixa de mais de 2 mil quilômetros da costa brasileira.

Que tipo de petróleo é esse que se espalha pelas praias brasileiras?

A análise feita pela Marinha e pela Petrobrás “apontou que a substância é petróleo cru, ou seja, não se origina de nenhum derivado de óleo”.  Conforme o órgão, a substância se trata de hidrocarboneto, conhecido como piche, e é a mesma em todos os pontos analisados.

De onde veio esse petróleo?

A origem ainda é desconhecida e de tipo não produzido no Brasil. Investigações sigilosas realizadas pela Marinha e pela Petrobrás encontraram petróleo com a mesma “assinatura”do óleo da Venezuela em manchas que se espalham pelo mar na Região Nordeste. O presidente Jair Bolsonaro disse não descartar que tenha sido uma ação criminosa, mas ponderou que a apuração sobre o caso ainda está em curso.

As investigações sobre a origem do petróleo se concentram, na fase atual, em 23 embarcações suspeitas. Além disso, foram encontrados barris da SHELL com o mesmo tipo de petróleo encontrado nas praias do nordeste brasileiro. Uma das hipóteses consideradas para explicar o petróleo chegando sem parar à costa do Nordeste brasileiro é um acidente não informado às autoridades brasileiras envolvendo um ou mais navios-tanques. Há pelo menos um precedente recente. Uma colisão entre dois navios-tanques que transferiam petróleo da Shell no mar aconteceu no litoral brasileiro em julho de 2017 e não foi relatada a quem de competência no Brasil.

A conclusão já foi comunicada ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente. Não é possível dizer que todo o vazamento que atinge as praias do Nordeste tenha a mesma origem, mas análises já realizadas em algumas manchas concluíram, com certeza, que se trata de material de origem venezuelana.

O Brasil usa petróleo venezuelano no Nordeste?

Estado questionou a Petrobrás sobre a possível presença de óleo da Venezuela nas instalações da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, estrutura que, em princípio, seria construída com a parceria da estatal venezuelana PDVSA. A Petrobrás informou que nunca processou óleo de origem venezuelana em Abreu e Lima, nem mantinha estoque de produtos daquele país em suas instalações.

Há risco de as manchas de óleo se espalharem por rios e afetarem o abastecimento da população?

Técnicos ambientais de Alagoas detectaram manchas de óleo na foz do Rio São Francisco, no município de Piaçabuçu, no litoral sul do Estado, em monitoramento de rotina. Já o governo de Sergipe descobriu que não poderá realizar de imediato seu plano de instalar boias para impedir que o óleo chegue ao rio pela falta de equipamentos do tipo, que haviam sido prometidos pela Petrobrás.

A foz do São Francisco, maior rio inteiramente brasileiro, fica na divisa entre Alagoas e Sergipe. O aparecimento do óleo ficou restrito à foz, não chegando a invadir o rio. Portanto, até o momento, o abastecimento da população nordestina não foi afetado.

Quais os riscos para os banhistas?

Estão sendo tomadas previdências para evitar o contato direto dos banhistas com o piche, que pode provocar  irritações e processos alérgicos, especialmente na superfície da mão, nos olhos e na boca.  A fim de preservar a vida e a saúde das pessoas, é importante não tomar banho, pescar ou comer nas praias afetadas.

O que os banhistas devem fazer caso se sujem com as manchas de óleo?

Para alertar a população, o Instituto de Defesa do Meio Ambiente em Natal (Idema), juntamente com o projeto Tamar, elaborou material educativo com os procedimentos que devem ser tomados em caso de contato com o óleo ou tiver conhecimento de um animal contaminado. É preciso evitar o contato com o óleo e, caso aconteça, colocar gelo no local ou retirar com óleo de cozinha. Caso a pessoa tenha reação alérgica, procurar urgentemente atendimento médico.

Segundo o diretor geral do Idema, Leonlene Aguiar, todos os municípios estão orientados para a coleta feita pela limpeza urbana, de forma adequada, com pá, luvas e sem utilização de máquinas.

Entenda como o óleo encontrado nas praias nordestinas pode afetar a saúde humana.

Quais os riscos para os peixes?

Não há evidência de contaminação de peixes ou crustáceos, mas a orientação é para que as autoridades locais de vigilância sanitária avaliem o pescado capturado nas áreas afetadas.

E para os outros animais?

O espalhamento de óleo ameaça tartarugas, aves e o peixe-boi marinho, o mamífero dos oceanos com maior risco de extinção no Brasil. Segundo especialistas, o petróleo cru pode afetar a digestão dos animais e o desenvolvimento de algas, essenciais para a cadeia alimentar dessas espécies.

Qual será a punição para o responsável pelo vazamento?

Se o responsável pelo despejo for identificado, mesmo que seja estrangeiro, poderá ser multado em até R$ 50 milhões, com base na Lei 9.605/1988, que pune condutas lesivas ao meio ambiente. O culpado por poluir o oceano terá, ainda, de responder pelo crime ambiental.

Quem tiver pacote de férias comprado para viajar para o Nordeste pode desistir e pedir o dinheiro de volta?

Turistas que vão para locais do Nordeste afetados pelo óleo podem negociar com as operadoras com as quais fecharam pacote para remarcar datas ou até cancelar a viagem, sem ter de pagar multa por isso. Esse é o entendimento do Procon de São Paulo, que afirma que o consumidor não pode ser responsabilizado ou prejudicado por algo que não tem culpa.

Fonte: https://sustentabilidade.estadao.com.br

Está gostando do Conteúdo? Compartilhe...

Facebook
Twitter
LinkedIn

Contato

Alameda Júpiter, 1166 – Distrito Industrial Nova Era, Indaiatuba – SP, 13.347-397

+55 (19) 9 9944 – 7659
+55 (19) 3199 – 4703

contato@wertambiental.com.br

logo

DEIXE SEU CONTATO