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Aterro zero: O que é?

O conceito de “aterro zero” surgiu nos anos 70 e tem como objetivo engajar pessoas, comunidades e empresas, a planejarem e gerenciarem seus resíduos com foco na não geração e uma grande mudança na forma atual do fluxo de materiais na sociedade.

Esse conceito foi criado pela Aliança Internacional Zero Waste (ZWIA), inspirado nos ciclos naturais de vida, eficientes e sustentáveis. Desta forma, para que empresas e comunidades sejam consideradas bem sucedidas na implementação do programa, elas precisam desviar de aterros e incineradores mais de 90% de seus resíduos.

Uma gestão completa de resíduos pode proporcionar inúmeros benefícios para as empresas.

Mais de 80% do material que vai para aterros poderia ter outra destinação, como por exemplo, a reciclagem e a compostagem. Isso quer dizer que a maior parte daquele material que convencionamos chamar de “lixo”, na verdade poderia ter outros usos, transformando um passivo ambiental em geração de receita, reciclando e reaproveitando itens.

A ideia do Aterro Zero é uma tendência que vem ganhando cada vez mais espaço no mercado competitivo.

Razões para adoção do Aterro Zero:

  • Minimizar impactos ambientais no solo, água, ar e nos ecossistemas, que podem ser nocivos ou ameaçar a saúde ambiental e provocar irreversíveis alterações climáticas;
  • Para projetar e gerenciar produtos e processos visando reduzir o volume e a toxicidade dos resíduos e materiais;
  • Para conservar e recuperar recursos naturais;
  • Para não enterrar resíduos, já que é possível coprocessá-los ou reciclá-los;
  • Para incentivar o consumo de produtos e serviços com o conceito Resíduo Zero.

Além disso, ao gerenciar seus resíduos de forma a agregar valor, sua empresa possibilita não apenas o cumprimento integral da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), como também, ajuda a criar novos postos de trabalho e fecha o ciclo de materiais por meio de uma economia circular.

Desta forma, por meio de um Sistema de Gestão Ambiental eficaz alinhado a um adequado Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), as empresas podem abrir diversas portas e possibilitarem que um simples descarte de resíduos se transforme em um novo nicho de negócios, agregando valor à sua marca e aumentando sua competitividade frente aos concorrentes.

Resíduos Sólidos no Brasil:

 Entre 2016 e 2017, o Brasil este ano chegou a número histórico na dívida das prefeituras de 10,6 milhões de reais com as empresas que realizam a coleta, o transporte e a destinação final dos resíduos sólidos, trazendo uma situação de quase colapso para essas empresas.

Longe do que está proposto na PNRS, a realidade vivida hoje em mais de 3.300 cidades do país é bem diferente da política, e tem como destino dos resíduos os vazadouros a céu aberto, também chamados de lixões.

Case de sucesso: Aterro Zero FIAT.

Há grandes empresas, como a FIAT Automóveis, que são pioneiras em seu ramo de atividades que já adotaram o Aterro Zero.

A Fiat Automóveis foi a primeira fábrica do setor automotivo do país a destinar 100% dos resíduos que gera para a reciclagem e a reutilização, eliminando o envio para aterros. A meta foi alcançada em 2011 como resultado do projeto Aterro Zero, que faz parte da política ambiental da empresa, focada na prevenção dos impactos, uso racional dos recursos naturais, investimento em tecnologias e treinamento contínuo dos empregados.

Para que a meta do Aterro Zero seja diariamente alcançada, todos os empregados participam com ações fundamentadas na hierarquia da pirâmide dos 5Rs: Recuse, Reduza, Reutilize, Recicle e Recupere. Por meio dos 5Rs, a Fiat busca, primeiramente, eliminar e reduzir a geração de resíduos nos processos e termina por reaproveitar, reciclar e recuperar os materiais.

O trabalho da equipe ambiental da Fiat também é intenso na análise dos resíduos e no desenvolvimento de estudos para ampliar, cada vez, os índices de reciclagem e reaproveitamento. Na busca por soluções inovadoras, fomos pioneiros no setor na implantação de um sistema para a reciclagem de isopor, que reduz em 50 vezes o volume do material.

Na Ilha Ecológica, o isopor é processado e transformado em matéria-prima para produção de materiais plásticos, como canetas e capas de CDs. Como resultado dessa tecnologia, a Fiat deixou de fazer cerca de nove mil viagens de caminhão para a destinação e tratamento correto desse resíduo, desde 1998.

Uma das diversas formas que a Fiat utiliza para reaproveitar materiais também está diretamente ligada à preocupação com o bem-estar e o desenvolvimento econômico da comunidade do entorno da fábrica. Alguns materiais, como fivelas, calotas e aparas de cinto de segurança, são enviados para a Cooperárvore, cooperativa social que faz parte do programa Árvore da Vida – Jardim Teresópolis.

Case de sucesso: Aterro Zero – Ilha Ecológica JEEP

Aqui se cria, aqui se recicla.

O Polo Automotivo Jeep é o primeiro do Nordeste a ser “Aterro Zero”. Desde outubro de 2015, 100% dos resíduos gerados são enviados para reciclagem e reutilização. O Polo alcançou essa meta como resultado de esforços contínuos, seguindo a hierarquia dos 5Rs: Recuse, Reduza, Reutilize, Recicle e Recupere.

Todos os resíduos gerados no Polo Automotivo Jeep vão para Ilha Ecológica, uma área de 3 mil metros quadrados onde os materiais têm destino certo.

Um diferencial da Ilha Ecológica é a reciclagem de isopor. A tecnologia, criada pela FCA há 20 anos, reduz o volume do material 50 vezes. O isopor transforma-se em pequenas peças de plásticos enviados para uma empresa de reciclagem. O “Aterro Zero” impulsionou no entorno do Polo o desenvolvimento
da cadeia da reciclagem, com a criação de oportunidades de novos negócios.

Para saber mais sobre como aplicar o projeto Aterro Zero na sua empresa, PGRS e outros, busque sempre o auxilio de uma empresa capacitada e profissional. A Wert Ambiental pode te ajudar.

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