Você sabe o que são aerossóis e sprays? Vamos entender um pouco sobre os dois e seu descarte correto.
A definição de spray segundo o Wikipedia, é um equipamento de emissão que, sob pressão, emite a substância armazenada misturada com gás (ou ar). Um aerossol é a mistura de dois líquidos, sendo um deles o produto em si – creme de barbear, desodorante, tinta ou inseticida – e o outro o propelente, uma substância capaz de impulsionar o produto para fora. Entre outras palavras, o spray é a lata, o equipamento utilizado para emissão do aerossol.
Conheça os perigos de abrir uma lata de spray aerossol.
Bastante comuns em nosso dia a dia, os aerossóis são basicamente compostos pela mistura de dois líquidos: o produto em si (desodorante, creme de barbear, inseticida ou tinta, por exemplo) e o chamado propelente, que é substância utilizada para impulsionar o produto para fora.
Geralmente, a substância utilizada como propelente é o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). Compactado sob alta pressão na lata, este propelente se transforma em líquido, misturando-se ao produto. Quando apertamos a válvula, a pressão no interior diminui, fazendo com que o gás se expanda com violência, empurrando o volume do frasco para fora.
Devido a esta característica, os sprays aerossóis exigem cuidados no manuseio, armazenamento e descarte. Isso porque, os propelentes apresentam altos índices de reatividade, inflamabilidade e toxicidade, oferecendo riscos à saúde e ao meio ambiente.
O primeiro cuidado deve ser com a exposição do produto ao calor. Por se tratar de um gás altamente inflamável, quando mantidos em condições superaquecidas – no interior de um carro, por exemplo – os aerossóis podem sofrer aumento de pressão e explodir.
Outro ponto que merece atenção especial é o descarte destes resíduos. Levando-se em conta suas particularidades e riscos, estes materiais não devem ser eliminados no lixo comum ou no reciclável. Seu descarte deve seguir procedimentos específicos: sempre utilizar o conteúdo da lata até o final, separar as partes plásticas da embalagem e, só então, encaminhar os aerossóis a um posto de reciclagem especializado.
É importante frisar que as latas de spray jamais devem ser abertas, mesmo quando vazias. Além do risco de explosão, os resquícios de gases no interior podem causar irritações na pele, problemas no sistema respiratório, distúrbios digestivos e alterações no metabolismo.
As embalagens de aerossóis: geração pré e pós consumo
Por oferecerem muita praticidade para o cliente, as embalagens de aerossóis são cada vez mais utilizadas nos mais variados segmentos. Porém, o correto descarte e tratamento deste tipo de produto não é tão prático assim, e demanda processos complexos e diferenciados.
A geração de aerossóis pode ser classificada entre embalagens pré-consumo e embalagens pós-consumo. O pré-consumo diz respeito aos produtos que foram descartados sem chegar ao consumidor final. Os principais geradores de embalagens de aerossol pré-consumo são os envasadores, distribuidores e fabricantes de produtos. Essas empresas acabam descartando grandes quantidades de aerossóis por conta de erros na produção, problemas de envase, vencimento de lotes e reprova nos processos de qualidade.
A geração pós-consumo, por sua vez, diz respeito às embalagens que foram utilizadas pelo consumidor final. Embora tenham sido consumidos, esses aerossóis nunca estão 100% vazios: por mais que o conteúdo da lata já tenha sido completamente dispensado, sempre resta um percentual que corresponde ao gás propelente.
Independentemente do conteúdo da lata, os aerossóis são classificados como potencialmente perigosos até que passem por um processo de despressurização, responsável pela retirada do gás que está dentro da embalagem. Por causa da presença deste gás propelente, as embalagens de aerossóis não podem ser descartadas em aterros industriais, incineradores, usinas de coprocessamento ou passar por qualquer tipo de processo antes de serem devidamente despressurizadas.
Após passar por este processo de despressurização, os componentes da embalagem devem ser tratados de acordo com sua classificação. As latas, que geralmente são de alumínio ou aço, podem ser descontaminadas e encaminhadas para a reciclagem — podendo, inclusive, retornar para a cadeia produtiva de novas embalagens de aerossóis. Válvulas e tampas de plástico também podem ser reciclados.
No Brasil, a legislação prevê a logística reversa dos aerossóis. Neste processo, as embalagens retornam aos geradores para receber o devido tratamento e ser encaminhados de forma ambientalmente correta e segura. Tanto no pré-consumo como no pós-consumo, são os geradores que têm a responsabilidade de encaminhar corretamente as embalagens.
Logística Reversa de Aerossóis
Na imagem ao lado vemos um exemplo de processo de logística reversa pós-consumo utilizado pela empresa Glade em pontos de venda da marca. Trata-se de um container decorativo no qual devem ser depositados os sprays já utilizados.
O descarte de materiais em nossa sociedade atual é uma questão preocupante, pois grande a maioria da população não presta atenção ou não se importa com a destinação do lixo. Há ainda a questão da falta de planejamento e controle sobre os resíduos gerados, o que é um grande problema enfrentado pelo poder público, empresas e pelo consumidor. A logística reversa é uma proposta ambiental economicamente viável, que está prevista na legislação ambiental: muitas empresas, como a do exemplo apresentado, já estão trabalhando em projetos de Logística Reversa de seus resíduos, embora ainda representem uma minoria.
Nos dias atuais, a tecnologia é uma importante ferramenta para o alcance de resultados positivos nos programas de logística reversa de resíduos. A diminuição dos recursos naturais, os altos custos de extração e logística e o surgimento de requisitos legais são aspectos que tem levado as empresas a investirem em reaproveitamento e reciclagem dos resíduos gerados.
A logística reversa tem como principal objetivo promover o fluxo eficaz de matérias-primas em processos de inventário, produtos acabados fora de especificação ou validade e resíduos gerados no pós-consumo. Todas essas atividades devem operar no sentido inverso.
Muito se fala sobre reciclagem, mas muitos resíduos ainda não são reciclados devido à inviabilidade econômica, desconhecimento ou por questões políticas. Entre eles, destaque para as embalagens de aerossol.
A indústria de aerossol se encontra em um senário bastante promissor e que está em constante crescimento. As projeções da ABAS – Associação Brasileira de Aerossóis e Saneantes Domissanitários são de 1,4 bilhão de aerossóis comercializados até 2021, apenas no Brasil.
As embalagens de aerossol estão presentes em nosso dia a dia como uma forma prática de utilizar variados produtos dos setores pessoal, doméstico, médico, técnico e de uso industrial. Sua reciclagem em condições adequadas de segurança é possível e economicamente viável dentro do programa de logística reversa.
As embalagens de aerossol são compostas por materiais 100% recicláveis e de valor comercial atrativo, especialmente alumínio, aço e plástico. Classificadas como resíduos perigosos, não podem ser destinadas para incineradores, usinas de coprocessamento e aterros. Além dos produtos envazados, o gás utilizado no envase das latas as tornam passíveis de explosão quando gerenciadas de forma inadequada.
O uso de embalagens aerossóis estimula a coleta e reciclagem do aço e alumínio no final de sua vida útil, empregando esses materiais na fabricação de novos produtos dentro ou fora do setor de origem.
Em suma, através do descarte correto e da reciclagem todos se beneficiam:
- Fabricantes – com a redução dos custos no consumo de matérias-primas não renováveis e economia de energia, aumentam a capacidade de competitividade no mercado, uma vez que conseguem baixar os custos dos produtos;
- Consumidores finais – podem adquirir produtos de qualidade com menor custo;
- Ambos – contribuem para a minimização dos riscos à saúde e dos impactos ambientais negativos, promovendo o desenvolvimento sustentável do planeta e responsabilidade social.
Faça as escolhas certas. Dê preferência à compra de produtos cuja empresa possua um plano de gestão ambiental e logística reversa bem estabelecido. E na hora de descartar seus produtos, faça-o de forma correta, separando e encaminhado para reciclagem.
E se a sua empresa fabrica, vende ou transporta sprays e aerossóis, conte com a Wert Ambiental para auxilia-los com a documentação necessária, com a destinação correta dos resíduos e obsolescências e com o gerenciamento da cadeia de logística reversa. Escolha quem é especialista no assunto. Escolha a sustentabilidade.